O Mercado Livre de Energia foi criado em 1998 pela Lei nº 9648/98 e Decreto nº 2655/98. Em 1999 foi realizado o primeiro contrato com um consumidor de energia.
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Lei 9.074/1995:
Esta lei, promulgada em 1995, estabeleceu as bases para a reestruturação do setor elétrico brasileiro. Ela visava introduzir a concorrência e estimular investimentos no setor, afastando o modelo anteriormente centrado no monopólio estatal.
Criação da ANEEL:
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) foi criada em 1996 para regular e fiscalizar o setor elétrico no Brasil, desempenhando um papel fundamental na implementação das mudanças propostas pela Lei 9.074/1995.
Lei 9.648/1998:
Esta lei, de 1998, criou o ambiente propício para o surgimento do Mercado Livre de Energia ao introduzir a figura dos agentes geradores independentes e possibilitar a comercialização de energia entre consumidores e geradores.
Ambiente de Contratação Livre (ACL):
Em 1999, foi instituído o Ambiente de Contratação Livre (ACL), que é o espaço onde ocorre a negociação direta entre geradoras, comercializadoras e consumidores livres. Isso permitiu que consumidores de grande porte, como indústrias e grandes empresas, pudessem escolher seus fornecedores de energia e negociar contratos de acordo com suas necessidades.
Ampliação do Acesso ao Mercado Livre:
Ao longo dos anos, houveram diversas ampliações nas regras de acesso ao Mercado Livre de Energia, permitindo que um número maior de consumidores, inclusive de médio e pequeno porte, pudessem aderir a esse modelo. O destaque foi a Portaria 50/2022, do Ministério de Minas e Energia, que concedeu o direito de escolher o fornecedor de energia elétrica a todos os consumidores do Grupo A, composto por aqueles que são atendidos em média e alta tensão, a partir de janeiro de 2024.
Resolução Normativa ANEEL 414/2010:
Essa resolução estabeleceu as condições gerais para o acesso de consumidores ao Mercado Livre de Energia, consolidando regras e permitindo uma transição mais suave para os participantes.
O Mercado Livre de Energia, portanto, foi se desenvolvendo ao longo do tempo como parte de um movimento mais amplo de liberalização e abertura do setor elétrico no Brasil, proporcionando aos consumidores a oportunidade de escolherem seus fornecedores de energia e negociarem condições contratuais mais adequadas às suas necessidades.